Quero antes de tudo dar os parabéns a uma amiga minha pelo texto redigido em seu blog e em resposta ressaltar que a opção de estar solteiro é sem sombra de dúvidas um estilo de vida cômodo e confortável, na qual temos a livre escolha de estarmos como quisermos sem nenhum tipo de satisfação a dar a ninguém. Na verdade, os parabéns seriam muito mais por conta da coragem por, além de se assumir solteira, levantar e defender essa “bandeira” com vontade e afinco. Não muito pelo texto morfologicamente analisado, visto que o mesmo apresenta defectivelmente uma ortografia um tanto defeituosa e erros de coesão não comuns numa professora. Passar-se-á despercebidamente talvez pela temática interessante, mas são falhas que precisam ser corrigidas futuramente, já que é um texto que reflete um pensamento interessante, de bom gosto e, além disso, ficará exposto para quem quiser ler.
Verdadeiramente acredito que esse ‘estar só’ tem pontos positivos que além de ir adiante do lado negativo, dá a tranqüilidade de poder optar por um leque de caminhos, nos levando a poder fazer várias escolhas. Além disso, nos dá também a possibilidade de analisar esse estado e tentar fazer a escolha com embasamento racional. Essa frieza é fundamental para que tenhamos todo o desdobramento necessário para possivelmente não errar, olhando o relacionamento complexo entre duas pessoas como uma forma construtiva de se viver, levando em consideração todos os pontos em comum e convergente, não deixando também de analisar as divergências, sendo tudo isso o cerne do mesmo. Não aceito que se viva com outra pessoa que não há soma, que não traz nada construtivo ou cooperativo para enaltecer o viver de ambos.
Preciso lembrar que o namoro em si serve antes de qualquer coisa, para fazer esse tipo de análise e perceber ao longo do tempo (pois é a única forma para que se haja uma percepção quase certa sobre uma personalidade) se há pontos em comum entre ambos. No entanto, o tempo também faz com que aprendamos a abreviar algumas tentativas de interação que no passado não obtiveram o sucesso esperado. Em outras palavras, os sentidos vão ficando mais aguçados para se perceber de pronto se existe possibilidade viável de um relacionamento satisfatório ou não. A percepção hoje tende a ir além do que quando tínhamos catorze ou quinze anos. Atualmente, com vinte e seis anos já é pra se ter noção maior se determinada garota serve ou não serve para determinado indivíduo, verificando se há identificação: é boa pessoa? Tem um diálogo que combina com o meu? É responsável? Respeita a si e ao próximo? Etc. . .
Um relacionamento é algo importante tanto quanto o toque, o beijo e os sentimentos e banaliza-los como vem acontecendo com a grande quantidade dos jovens atualmente, traz um desvirtuamento promíscuo do caráter, além de soterrar o que chamo de princípios e valores morais que são a essência dum viver sadio, sem desassossegos grandes e conseqüentemente um relacionamento sem traumas, respeitável e duradouro. Visão moralista? Talvez, se levarmos em consideração essa total balburdia e inversão de valores em que a juventude transviada vem levando suas vidas, como se falar palavrão fizesse parte do vocabulário regional adolescente, sem se importar com respeito a si e aos outros. Posso ditar como exemplo as formas de cultura levianas e perversivas da atual mocidade, como suas músicas estúpidas com letras escabrosas, incitando o sexo desregrado e a depreciação à moral feminina, com palavras de baixo calão e detalhamento de posições sexuais preferidas pelos (as) mesmos, enfim.
O meu ‘viver solteiro’ me revelou ao longo de um determinado período (três anos não espontâneos) que não há nada mais prazeroso e tranqüilo do que estar sozinho, sem amarras, sem tormentos, preocupações ou decepções várias. Isso não tem nada a ver com medo. Talvez cautela, sendo que a própria vida já anda uma demasiada confusão e alguém para desassossegá-la mais ainda é fardo imodicamente pesado e desnecessário. A própria convivência desgastante, característica de qualquer relacionamento já nos leva a repensar o relacionamento em si e dicernir se há sentimento suficiente que possa ir além de amolações futuras ou não.
Acredito veementemente que, no mínimo, precisa-se antes de qualquer coisa, haver sincronismo entre duas pessoas. Simplesmente namorar para não ficar sozinho é tolice, pois com foi mencionado no próprio texto, a partir do momento que se aceita que a felicidade é um estado de espírito, que vem do próprio indivíduo bem consigo próprio, aceitando a vida como ela é e fazendo o possível para viver sempre melhor, ela não haverá condicionamento a nenhum ser humano, bicho ou valor material, não se preocupando também com o fato de que é feio perante a sociedade, vão achar que fulano é bicha, que tem problemas diversos ou que a solidão machuca. Solidão tanto quanto felicidade e paz são, insisto, estados de espíritos subjetivamente íntimos, cultivados interiormente.
Felicidade conjuga-se a partir do verbo ser. Está longe do materialismo universal do verbo ter, principalmente se isso se atribuir ter alguém pra atormentar a paciência, quando se quer simplesmente estar só, tranqüilo e quieto.
quinta-feira, abril 09, 2009
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Um comentário:
Maturidade+ experiência=sabedoria!
O importante é encontrar a felicidade consigo mesmo, não dependo de modas, padrões ou regras impostas por um mundo perdido em si....
seja feliz...essencialmente feliz!!!
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