quarta-feira, abril 15, 2009
Existem canções. . . E existe a podridão!
A música tem mesmo o poder de mexer com as emoções e lapidar os sentimentos, fazendo uma retrospectiva à memória e congelando momentos especiais, pra depois os trazer em qualquer que seja a hora. Basta colocar a trilha sonora específica para que a magia aconteça e determinada pessoa que há tempos não se vê, surja e remonte aquela época especial, aquela frase especial, memorável, divinal. Tornou-se há séculos um instrumento realmente maravilhoso, responsável por inúmeras sensações diversas que despertam nas pessoas saudade, amor, melancolia, até ódio. É inegável sua influência na mente e no nosso dia-a-dia.
Uns afirmam que a linha rítmica é responsável para que fique incutida no subconsciente do homem. Outros dizem que a melodia aguça os sentidos, os deixando facilmente vulneráveis a sua influência. Eu ainda prezo pelos versos. Desde criança fico analisando a letra, tentando interpreta-la ou encaixando-a em determinado momento do dia ou em algo que aconteça em meu viver, ou simplesmente admirando a graça e coerência. O meu fascínio é pessoalmente sempre tendente à letra. A beleza da poesia me chama um pouco mais atenção que, junto com uma bela melodia, fica realmente celestial. Combinações perfeitas, tais como Vieste, de Ivan Lins, ou Encontros e Despedidas, de Milton, na roupagem espetacular de Maria Rita; Memória da pele, de João Bosco, Até pensei, de Chico e Nana Caymi. Djavan, Bethânia, Gonzaguinha, Gal, Elis. etc.
Nos seus decursos, a música obviamente sofreu, sofre e sofrerá alterações e modificações, modernizações e novas adequações de público e assim surgirão novos conceitos musicais que atenderão ao expectador jovem, remanescente e moderno.
Contemporaneamente, a música passou por uma mutação drástica, como assim devia ser, e eu ainda acreditaria veementemente que essas alterações fossem aperfeiçoamentos, transcendência, ou mesmo aprimoramentos. Ou talvez cópias do que já existe, pois não?! Terminantemente não é o que acontece.
O que acontece na verdade é uma degradação total e misturas descabidas de pornografia com um ritmo, um barulho, um sei-lá-o-que pobre e sem sentido algum, ferindo valores morais que são a essência de um viver sadio. O problema nem é esse propriamente dito, visto que vivemos num país livre, onde qualquer um pode falar o que quiser e a liberdade de expressão seja talvez a maior conquista de nós, brasileiros. O problema é a ascensão, a popularidade, o sucesso que tais depreciações culturais vêm atingindo na TV, rádio e internet. É o que chamo de agressão, de falta de respeito, de crime.
Ainda não consegui criar nenhuma compreensão que explique a aceitação do público, que compra essa porcaria e a faz crescer tanto assim principalmente entre os jovens. Talvez a batida forte? O ritmo funk? A sujeira incitada em suas letras escabrosas e horrorosas? Não acredito que alguém ouça algo de tão improdutivo e retrocesso, ferino a qualquer cérebro, e ainda assim assine em baixo, declare a própria imoralidade, comprando ou executando sem o mínimo de vergonha em ouvir a quantidade de bobagens e palavras escabrosas, que incitam o sexo e detalham posições sexuais, cantados também, pasmem, por mulheres que querem “ir sentando”, as denominadas “cachorras e piranhas ou putas”. Não acredito também que seja tamanha falta de cultura na periferia ou dentre o público adolescente, que é imaturo e não sabe ainda destingir o que é bom do que é horrível. Só tendo um distúrbio irreversível, demência mental alienadora. Não pode ser!!!
Essas músicas ferem o básico, do básico, do básico em se tratando de postura, de dignidade, de respeito a si e ao próximo. Não tem nada a ver com falta de cultura. É burrice violenta. Violência burra. É muito mais sério do que me parece. É realmente uma delinqüência que deveria ser punida, pois além de ferir a moral e os bons costumes (e os ouvidos de muita gente respeitosa), faz com que haja uma espécie de depreciação do caráter, além de pessimamente influenciar nossas meninas que, de forma precoce despertam para o sexo e, conseqüentemente tornam-se mães solteiras aos treze ou quatorze anos.
E vou além com a seguinte questão: Como combater a pedofilia, se alguns meios de comunicação incitam esse tipo de influencia em nossas crianças desde cedo? Como acabar com a pedofilia na internet, se do próprio youtube nossas crianças adicionam vídeos no orkut que incitam o sexo e a pornografia deliberadamente? . É um contra-senso. Uma idiotia completa.
O não limite fez com que chegássemos ao caos da falta de vergonha e da inversão de valores que estão destruindo (sem eufemismos) a mente dos jovens tão nocivamente quanto a droga.
Existia uma linha tênue entre o humor (cito como exemplo os Mamonas Assassinas que elaboravam inteligentemente letras com piadas coerentes e músicas que até a linha melódica e rítmica foram compostas com pitadas de irreverência) e a sordidez de músicas imundas (por força de expressão, pois não considero isso como sendo música), mas essa linha foi arrancada e será arrancada enquanto não despertarmos para o bom senso de jogarmos no lixo toda essa porcariada, comprando e oferecendo a nossos jovens em nossas festas de aniversário, churrascos na laje e baladas na escola o que enaltece o ser humano e representa a beleza e o otimismo de um povo que – como quimericamente Milton descreveu – ainda olha com pudor e ainda vive com pudor.
quinta-feira, abril 09, 2009
Verbo ser + solteiro = Felicidade
Quero antes de tudo dar os parabéns a uma amiga minha pelo texto redigido em seu blog e em resposta ressaltar que a opção de estar solteiro é sem sombra de dúvidas um estilo de vida cômodo e confortável, na qual temos a livre escolha de estarmos como quisermos sem nenhum tipo de satisfação a dar a ninguém. Na verdade, os parabéns seriam muito mais por conta da coragem por, além de se assumir solteira, levantar e defender essa “bandeira” com vontade e afinco. Não muito pelo texto morfologicamente analisado, visto que o mesmo apresenta defectivelmente uma ortografia um tanto defeituosa e erros de coesão não comuns numa professora. Passar-se-á despercebidamente talvez pela temática interessante, mas são falhas que precisam ser corrigidas futuramente, já que é um texto que reflete um pensamento interessante, de bom gosto e, além disso, ficará exposto para quem quiser ler.
Verdadeiramente acredito que esse ‘estar só’ tem pontos positivos que além de ir adiante do lado negativo, dá a tranqüilidade de poder optar por um leque de caminhos, nos levando a poder fazer várias escolhas. Além disso, nos dá também a possibilidade de analisar esse estado e tentar fazer a escolha com embasamento racional. Essa frieza é fundamental para que tenhamos todo o desdobramento necessário para possivelmente não errar, olhando o relacionamento complexo entre duas pessoas como uma forma construtiva de se viver, levando em consideração todos os pontos em comum e convergente, não deixando também de analisar as divergências, sendo tudo isso o cerne do mesmo. Não aceito que se viva com outra pessoa que não há soma, que não traz nada construtivo ou cooperativo para enaltecer o viver de ambos.
Preciso lembrar que o namoro em si serve antes de qualquer coisa, para fazer esse tipo de análise e perceber ao longo do tempo (pois é a única forma para que se haja uma percepção quase certa sobre uma personalidade) se há pontos em comum entre ambos. No entanto, o tempo também faz com que aprendamos a abreviar algumas tentativas de interação que no passado não obtiveram o sucesso esperado. Em outras palavras, os sentidos vão ficando mais aguçados para se perceber de pronto se existe possibilidade viável de um relacionamento satisfatório ou não. A percepção hoje tende a ir além do que quando tínhamos catorze ou quinze anos. Atualmente, com vinte e seis anos já é pra se ter noção maior se determinada garota serve ou não serve para determinado indivíduo, verificando se há identificação: é boa pessoa? Tem um diálogo que combina com o meu? É responsável? Respeita a si e ao próximo? Etc. . .
Um relacionamento é algo importante tanto quanto o toque, o beijo e os sentimentos e banaliza-los como vem acontecendo com a grande quantidade dos jovens atualmente, traz um desvirtuamento promíscuo do caráter, além de soterrar o que chamo de princípios e valores morais que são a essência dum viver sadio, sem desassossegos grandes e conseqüentemente um relacionamento sem traumas, respeitável e duradouro. Visão moralista? Talvez, se levarmos em consideração essa total balburdia e inversão de valores em que a juventude transviada vem levando suas vidas, como se falar palavrão fizesse parte do vocabulário regional adolescente, sem se importar com respeito a si e aos outros. Posso ditar como exemplo as formas de cultura levianas e perversivas da atual mocidade, como suas músicas estúpidas com letras escabrosas, incitando o sexo desregrado e a depreciação à moral feminina, com palavras de baixo calão e detalhamento de posições sexuais preferidas pelos (as) mesmos, enfim.
O meu ‘viver solteiro’ me revelou ao longo de um determinado período (três anos não espontâneos) que não há nada mais prazeroso e tranqüilo do que estar sozinho, sem amarras, sem tormentos, preocupações ou decepções várias. Isso não tem nada a ver com medo. Talvez cautela, sendo que a própria vida já anda uma demasiada confusão e alguém para desassossegá-la mais ainda é fardo imodicamente pesado e desnecessário. A própria convivência desgastante, característica de qualquer relacionamento já nos leva a repensar o relacionamento em si e dicernir se há sentimento suficiente que possa ir além de amolações futuras ou não.
Acredito veementemente que, no mínimo, precisa-se antes de qualquer coisa, haver sincronismo entre duas pessoas. Simplesmente namorar para não ficar sozinho é tolice, pois com foi mencionado no próprio texto, a partir do momento que se aceita que a felicidade é um estado de espírito, que vem do próprio indivíduo bem consigo próprio, aceitando a vida como ela é e fazendo o possível para viver sempre melhor, ela não haverá condicionamento a nenhum ser humano, bicho ou valor material, não se preocupando também com o fato de que é feio perante a sociedade, vão achar que fulano é bicha, que tem problemas diversos ou que a solidão machuca. Solidão tanto quanto felicidade e paz são, insisto, estados de espíritos subjetivamente íntimos, cultivados interiormente.
Felicidade conjuga-se a partir do verbo ser. Está longe do materialismo universal do verbo ter, principalmente se isso se atribuir ter alguém pra atormentar a paciência, quando se quer simplesmente estar só, tranqüilo e quieto.
Verdadeiramente acredito que esse ‘estar só’ tem pontos positivos que além de ir adiante do lado negativo, dá a tranqüilidade de poder optar por um leque de caminhos, nos levando a poder fazer várias escolhas. Além disso, nos dá também a possibilidade de analisar esse estado e tentar fazer a escolha com embasamento racional. Essa frieza é fundamental para que tenhamos todo o desdobramento necessário para possivelmente não errar, olhando o relacionamento complexo entre duas pessoas como uma forma construtiva de se viver, levando em consideração todos os pontos em comum e convergente, não deixando também de analisar as divergências, sendo tudo isso o cerne do mesmo. Não aceito que se viva com outra pessoa que não há soma, que não traz nada construtivo ou cooperativo para enaltecer o viver de ambos.
Preciso lembrar que o namoro em si serve antes de qualquer coisa, para fazer esse tipo de análise e perceber ao longo do tempo (pois é a única forma para que se haja uma percepção quase certa sobre uma personalidade) se há pontos em comum entre ambos. No entanto, o tempo também faz com que aprendamos a abreviar algumas tentativas de interação que no passado não obtiveram o sucesso esperado. Em outras palavras, os sentidos vão ficando mais aguçados para se perceber de pronto se existe possibilidade viável de um relacionamento satisfatório ou não. A percepção hoje tende a ir além do que quando tínhamos catorze ou quinze anos. Atualmente, com vinte e seis anos já é pra se ter noção maior se determinada garota serve ou não serve para determinado indivíduo, verificando se há identificação: é boa pessoa? Tem um diálogo que combina com o meu? É responsável? Respeita a si e ao próximo? Etc. . .
Um relacionamento é algo importante tanto quanto o toque, o beijo e os sentimentos e banaliza-los como vem acontecendo com a grande quantidade dos jovens atualmente, traz um desvirtuamento promíscuo do caráter, além de soterrar o que chamo de princípios e valores morais que são a essência dum viver sadio, sem desassossegos grandes e conseqüentemente um relacionamento sem traumas, respeitável e duradouro. Visão moralista? Talvez, se levarmos em consideração essa total balburdia e inversão de valores em que a juventude transviada vem levando suas vidas, como se falar palavrão fizesse parte do vocabulário regional adolescente, sem se importar com respeito a si e aos outros. Posso ditar como exemplo as formas de cultura levianas e perversivas da atual mocidade, como suas músicas estúpidas com letras escabrosas, incitando o sexo desregrado e a depreciação à moral feminina, com palavras de baixo calão e detalhamento de posições sexuais preferidas pelos (as) mesmos, enfim.
O meu ‘viver solteiro’ me revelou ao longo de um determinado período (três anos não espontâneos) que não há nada mais prazeroso e tranqüilo do que estar sozinho, sem amarras, sem tormentos, preocupações ou decepções várias. Isso não tem nada a ver com medo. Talvez cautela, sendo que a própria vida já anda uma demasiada confusão e alguém para desassossegá-la mais ainda é fardo imodicamente pesado e desnecessário. A própria convivência desgastante, característica de qualquer relacionamento já nos leva a repensar o relacionamento em si e dicernir se há sentimento suficiente que possa ir além de amolações futuras ou não.
Acredito veementemente que, no mínimo, precisa-se antes de qualquer coisa, haver sincronismo entre duas pessoas. Simplesmente namorar para não ficar sozinho é tolice, pois com foi mencionado no próprio texto, a partir do momento que se aceita que a felicidade é um estado de espírito, que vem do próprio indivíduo bem consigo próprio, aceitando a vida como ela é e fazendo o possível para viver sempre melhor, ela não haverá condicionamento a nenhum ser humano, bicho ou valor material, não se preocupando também com o fato de que é feio perante a sociedade, vão achar que fulano é bicha, que tem problemas diversos ou que a solidão machuca. Solidão tanto quanto felicidade e paz são, insisto, estados de espíritos subjetivamente íntimos, cultivados interiormente.
Felicidade conjuga-se a partir do verbo ser. Está longe do materialismo universal do verbo ter, principalmente se isso se atribuir ter alguém pra atormentar a paciência, quando se quer simplesmente estar só, tranqüilo e quieto.
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